Justiça de SP aceita denúncia e torna 12 PMs réus por morte de nove jovens em Paraisópolis
Juiz considerou que crimes foram “suficientemente descritos” em denúncia do Ministério Público e policiais passam a responder processo por homicídio qualificado
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30 de julho de 2021, 20:48 h
Atualizado em 30 de julho de 2021, 21:05 - O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta quinta-feira (29/7), a denúncia do Ministério Público e tornou réus um grupo de policiais militares pelo massacre de Paraisópolis, quando nove jovens foram mortos em dezembro em 2019 após ação policial que dispersou um baile funk na comunidade da zona sul da capital paulista.
Veja detalhes da investigação que denunciou 12 PMs por mortes em baile funk de Paraisópolis Na madrugada de 1º de dezembro de 2019, agentes da Polícia Militar de São Paulo fizeram uma operação para acabar com o famoso baile funk da Dz7. Nove jovens perderam a vida por asfixia. Esta semana, o Ministério Público do estado denunciou 12 PMs pelas mortes por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Vídeos permitiram ao MP recriar a cronologia daquela madrugada. Na época, os policiais disseram que perseguiam criminosos que se infiltraram no baile e que teriam reagido só depois de serem hostilizados pelos frequentadores. Mas, de acordo com a investigação, tudo aconteceu de outro jeito.
Promotoria denuncia PMs que mataram jovens em Paraisópolis
Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta segunda-feira, 19, doze policiais militares por homicídio triplamente qualificado de nove pessoas que morreram pisoteadas após ação da PM em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, no dia 1º de dezembro de 2019. De acordo com a Promotoria, denunciados ‘agiram por motivo torpe e meio que resultou em perigo comum, atuando de surpresa, recurso este que dificultou a defesa’ das vítimas, matando os jovens por asfixia por sufocação indireta.
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O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta segunda-feira, 19, doze policiais militares por homicídio triplamente qualificado de nove pessoas que morreram pisoteadas após ação da PM em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, no dia 1º de dezembro de 2019. De acordo com a Promotoria, denunciados agiram por motivo torpe e meio que resultou em perigo comum, atuando de surpresa, recurso este que dificultou a defesa das vítimas, matando os jovens por asfixia por sufocação indireta. Deliberadamente [os PMs] deixaram de observar regras mínimas para a contenção de distúrbios civis e dispersão de multidões e, com intuito de provocar pânico e sofrimento nas pessoas que participavam de evento cultural no local dos fatos, agiram com violência, confinando as vítimas no quarteirão da Rua Ernest Renan, entre as ruas Herbert Spencer e Rodolf Lotze, o que causou suas mortes , registra a denúncia.
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