Ausência de investimentos, cortes de orçamento, policiamento das produções artísticas, censura, apagamento da memória e dirigismo cultural formam a arquitetura de destruição da Cultura executada pelo governo Bolsonaro. Os ataques à Cultura não são desprovidos de propósito. É um projeto de silenciamento de um setor que sempre se contrapôs aos efeitos nefastos do projeto bolsonarista de imposição de um obscurantismo que ataca as políticas culturais, e também a educação, a ciência, o pensamento e o conhecimento. Flertando com as práticas e personagens de inspiração nazista, como no recente episódio de confraternização com uma deputada da extrema direita alemã, Bolsonaro exercita como método o controle ideológico das políticas públicas culturais. O dirigismo é mais uma tática de sufocamento do setor. Tal como feito na Alemanha durante o Terceiro Reich, que estabeleceu uma “guerra cultural” sob o argumento de defesa dos valores que, em tese, seriam os “tradicionais e genuinamente alemães”. Daí para frente, sabemos o que aconteceu.