Adeus, meu televizinho
Alex Medeiros
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A mensagem de Edivam Martins no WhatsApp foi como um freio brusco. Eu estava no bar do Lucas, em Potilândia, bebemorando o Dia Mundial do Rock e a própria vida. Aquela pergunta ‘Soube de Seu Daniel?’ veio carregada da resposta que eu não queria ouvir, mas que era inevitável. Faleceu na segunda-feira o meu querido vizinho nas Quintas, o Professor Daniel, o cara responsável pela minha alegria e de alguns quarteirões pela conquista do Brasil em 1970.
Tantas vezes citei em artigos sua hospitalidade na invasão da vizinhança em sua casa para assistir aos jogos da seleção brasileira na épica campanha no México. São inesquecíveis as canções tocadas nos seus LPs da antiga MPB, o som atravessando a parede e enchendo a minha casa enquanto ele e alguns amigos tomavam cerveja Astra e cachaça no aguardo dos jogos, todos bem assessorados por sua jovem esposa, Dona Alinete, que cuidava dos aperitivos.