“O atual governo, se pudesse voltar atrás, imporia a ideologia que predominou na ditadura”, alerta Laurentino Gomes
Entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (19), o escritor abordou os desafios impostos à educação no Brasil hoje Redação
Autor de
Escravidão – Volume II, o jornalista Laurentino Gomes esteve no centro do Roda Viva desta segunda-feira (19). Na edição, ele mencionou as transformações no ensino de História no Brasil.
A apresentadora Vera Magalhães o questionou sobre o que é necessário para que a disciplina se torne mais realista e condizente com os fatos ocorridos no período escravocrata. Segundo o escritor, ainda que desafios sejam impostos à educação hoje, houve melhora em comparação com a época em que esteve na escola.
Laurentino Gomes critica atual gestão da Fundação Palmares: “Discurso de supremacia branca”
Escritor esteve no centro do Roda Viva desta segunda-feira (19) Redação 19/07/2021 22h25
Sob o comando de Vera Magalhães, o Roda Viva desta segunda-feira (19) recebeu o jornalista Laurentino Gomes, autor de
Escravidão – Volume II. No programa, ele analisou algumas declarações do presidente Jair Bolsonaro e criticou a atual gestão da Fundação Cultural Palmares.
Ao responder a jornalista Eliana Alves Cruz, Gomes apontou o racismo presente nos discursos do chefe do Executivo. Segundo o escritor, há um plano político que, além de acentuar a discriminação, se exime da responsabilidade pela dívida da escravidão no Brasil.
Este país foi construído em cima de escravidão e analfabetismo , diz o escritor Laurentino Gomes
Laurentino Gomes é o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (19) Da Redação
Reprodução/ TvCultura
Sob o comando de Vera Magalhães, o Roda Viva desta segunda-feira (19) recebeu o jornalista Laurentino Gomes, autor de Escravidão – Volume II. Triologia conta a história escravista do Brasil.
O editor do Canal Meio, Pedro Doria perguntou ao escritor sobre as diferenças de posturas políticos entre o Brasil e os Estados Unidos em relação à escravidão. Ambos os países são continentais e foram erguidos por colônias europeias. Além disso, a mão de obra escrava se fez presente nos primeiros anos da história. Pedro relembra que os EUA continuam divididos em dois partidos políticos, e que essa divisão também tem ligação com o passado escravista do país. Mas, no Brasil, essa conscientização sobre o tema demorou mais.
Nunca se discutiu tanto se somos racistas ou não”, diz Laurentino Gomes
Jornalista é o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (19). Da Redação
Reprodução/ TvCultura
Sob o comando de Vera Magalhães, o Roda Viva desta segunda-feira (19) recebeu o jornalista Laurentino Gomes, autor de Escravidão – Volume II. Triologia conta a história escravista do Brasil.
Michael França, pesquisador do INSPER e colunista da Folha de S. Paulo, questiona Laurentino Gomes a respeito do papel dos negros nos livros. Segundo o professor, as obras colocam brancos como dominantes e os pretos são esquecidos nos pontos importantes do Brasil. Além disso, nas televisões, por exemplo, a população negra é vista apenas em papéis de subordinação, empregados e ladrões, e brancos como ideal de beleza e prosperidade de vida. França indaga como isso impacta a sociedade.
O discurso da meritocracia é muito hipócrita , diz o jornalista Laurentino Gomes
Escritor é o convidado do Roda Viva desta segunda-feira (19) Da Redação
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Escravidão.
Em resposta à pergunta de Michael França, pesquisador do INSPER e colunista da Folha de S. Paulo, Laurentino Gomes falou sobre meritocracia, processo histórico com desigualdade social e racial. O escritor afirma que só será um argumento válido quando todos os brasileiros tiverem mínimas condições e igualdade de condição. Esse discurso é muito hipócrita. Esse é o argumento favorito pelos brancos privilegiados na hora de combater, por exemplo, a política de cotas preferenciais para negros e afro descentes. A meritocracia é legal se o seu filho tiver todas as condições de começar bem a grande corrida pela vida, com boa educação, boa saúde, boa moradia, todos os benefícios que o Estado assegura a uma parte da população e não a outra. Agora, se o