Ministros do TSE e STF reagem a Bolsonaro
Publicação: 2021-07-10 00:00:00
As crescentes ameaças do presidente Jair Bolsonaro à realização de eleições no País no ano que vem, caso o voto impresso não seja aprovado pelo Congresso, provocaram fortes reações. Depois que Bolsonaro subiu o tom e chamou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, de “imbecil” e “idiota”, integrantes da cúpula dos Poderes fizeram questão de condenar a atitude, considerada golpista.
Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Para Barroso, tentativas de obstruir a votação podem levar ao enquadramento na Lei de Impeachment
Agência Brasil
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, reafirmou nesta sexta-feira (9) que jamais foi registrada nenhuma fraude desde a implantação das urnas eletrônicas, em 1996. Segundo Barroso, o sistema é integro e permitiu a alternância no poder.
A manifestação de Barroso foi feita após declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro na manhã desta sexta-feira. Durante conversa com apoiadores, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso para auditar os resultados das eleições de 2022 e disse que “a fraude está no TSE”.
Fabio Rodrigues Pazzebom/ Agência Brasil / N/A
09/07/2021 17:46 O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, divulgou uma nota nesta sexta-feira (9) na qual afirmou que eventual atuação que busque impedir a realização de eleições viola a Constituição e configura crime de responsabilidade. Barroso divulgou a nota após o presidente Jair Bolsonaro ter dito que o Brasil pode não ter eleições em 2022 se não.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, divulgou uma nota nesta sexta-feira (9) na qual afirmou que eventual atuação que busque impedir a realização de eleições
Ministro Luís Roberto Barroso O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, emitiu uma nota nesta sexta-feira, 9, se posicionando contra a escalada de ataques do presidente Jair Bolsonaro aos ministros da mais alta Corte da Justiça Eleitoral e à urna eletrônica. No texto, o ministro afirma que quaisquer tentativas de obstruir a realização de eleições podem levar ao enquadramento na Lei de Impeachment. A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade , diz a nota.