A vila, sempre
Publicação: 2021-07-18 00:00:00
Toda cidade, grande ou pequena, provinciana ou cosmopolita, ou apenas lugar, sempre esconde na sua geografia física uma geografia humana. Nascemos povoado, do outro lado do rio, na Aldeia Velha de Felipe Camarão. Tempos depois, atravessamos o rio e do lado de cá, no alto da hoje Praça André de Albuquerque, fundamos a cidade, erguemos uma pequena capela, depois matriz e catedral, de torre única e um sino humilde para avisar as trindades do anoitecer.
Até hoje, mais de quatro séculos depois, a sua geografia física é a mesma na moldura traçada pelo rio, o mar e os morros. De certo modo, e graças a Nossa Senhora da Apresentação, nossa feição é a mesma: a Limpa, Rocas, Santos Reis, a ladeira que nos leva à Cidade Alta e, de lá, a descida para o Baldo. Longe, perdido na solidão, o cemitério, o velho Campo Santo, daí o primeiro caminho de uma nova fixação demográfica, por isso o Alecrim tem só um século.