Uma saudade
Vicente Serejo
Créditos: Divulgação
Dia desses, ouvindo a entrevista de Tertuliano Pinheiro e Felipe Cortez com Alexandre Cavalcanti, meu velho companheiro do Diário de Natal - hoje conselheiro do TCE - ouvi bem quando ele lembrou como era indispensável ouvir a Rádio Globo. O sonho de consumo de todos nós era ter um Transglobe. O modelo mais antigo era grande, pesadão, alça fixa, antena enorme, dez faixas, duas para FM, o que naquele tempo não existia nem aqui, nem no Rio ou São Paulo.
Quando cheguei aos estúdios da emissora saquei da memória e provoquei os três de uma só vez. Lembrei do Transglobe. Principalmente, do prazer que era poder ouvir ‘O Seu Redator-Chefe’, o maior jornal falado do rádio brasileiro e, logo depois, como se não bastasse, ‘Adelson Alves, o amigo da madrugada’, que do Rio saudava os ouvintes de todo Brasil, bem assim, a todos: ‘Quem é de boa-noite, boa-noite! Quem é de bom-dia, bom-dia! Que é de Saravá, Saravá!’.