O ciberpopulismo - fim
Vicente Serejo
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A loquacidade é uma característica humana, e uma das mais fortes encarnações foi no homo politicus, para usar a expressão de Hannah Arendt, com a licença de Ivan Maciel, seu maior leitor neste sítio de Nossa Senhora da Apresentação. É justamente no agir mágico com as palavras que o político exerce a persuasão, quando não resvala, por interesse, para o populismo, esse processo que transforma toda a força das expressões em artifício devorador da consciência individual.
Não precisa ir longe, a William Gibson, aquele que teria sido criador e fixador do conceito de ‘Ciberespaço’ e sua imaterialidade que une o real e o irreal no seu ‘Neuromancer’ fantástico. Basta ir a Pierre Levy, um dos nomes mais credenciados da moderna filosofia francesa e verá nos seus ensaios sobre o ‘Ciberespaço’ e ‘a Cibercultura’ do mundo virtual que há algo além do apenas real e palpável. É uma tolice pensar que o teste de São Tomé ainda bastaria ao terceiro milênio.