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Com o sobrinho Ivinho
TOQUE DE PRIMEIRA
Durante alguns anos, frequentando o bar dele, convidava o meu zagueiro Jarbas Cury para fazer sua Biografia na Rádio JM 95,5 FM. Pois, queria prestar uma homenagem ao craque-amigo em vida. Mas, as gozações eram tamanhas e o tempo passou. Veio a pandemia, nos distanciamos, mas falávamos pelo telefone. Uma semana antes do seu óbito ele ligou todo feliz dizendo que estava muito bem. Depois recebi a notícia de que tinha falecido. Um aneurisma da pleura foi fatal e a entrevista ficou para outra encanação. Jarbas Cury de uma família de 13 irmãos, todos criados no início da rua XV de Novembro, Bairro Estados Unidos e sempre unidos e felizes. Wady Cury Mauá e Maria Bittar Cury criaram 10 homens e três mulheres. Anísio Cury foi craque. Hélio Cury jogou pelos três clubes da cidade. Mauricio chegou a ser dirigente. Mauro, Wady, o famoso Cureba, Badio, Pedro, Antônio, Paulo, Jarbas, Diva, Terezinha e Maria José completam a família Cury. Jarbas deixou a esposa Edna e duas filhas: Sabrina e Gabriela. Mas no futebol, ele, começou a bater aquela bolinha no “pega bezerro” e sonhava em pular o muro para jogar no IAC. Aconteceu: foi com a camisa azul que se despontou para o futebol. Jogava duro, mas usava a inteligência e como dizia – “Não entro em barca furada”. Jogou em outros clubes, mas se sentiu completo jogando com a camisa do Uberaba SC: realizou seu sonho de criança. Seu melhor jogo foi com a camisa Azul do IAC, quando enfrentou Tostão, do Cruzeiro e não deixou o craque da seleção brasileira pegar na bola. Nesta partida que terminou empatada em 1 a 1, Jarbas foi considerado o melhor em campo. No final de carreira recebeu vários convites para jogar em outros estados, inclusive com o ex-técnico Hector Roberto Grita convidando para jogar no futebol goiano. O goleiro Armando Paulino o chamava de “surro”. E, depois fez algumas “peladas” com um time de craques, resolveu pendurar de vez a famosa “bicanca! Na verdade, Jarbas Cury, que também foi craque na culinária, cozinhava um frango ao molho que não tinha igual. Deixou muitos amigos e está fazendo muita falta. Era franco e não deixava nada para depois. Foi um sujeito sensacional e suas tiradas eram incríveis: “Aqui não neném”. “Pra cima de muá” e outras frase de efeito como: “Jogador reserva não sai na foto”. “Come muito, sonha e me dá palpite para jogar no bicho”. Tenho certeza de que já é sucesso no céu. Deus proteja sua alma.