Jornal Opção
domingo 18 julho 2021 0:00
Por Redação
Ligada ao psiquiatra suíço Jung, a médica brasileira aliou coragem à humanidade ao se condoer da dor do outro. Merece ser mais lembrada por seu país
Simone Athayde
Especial para o Jornal Opção
Quando se fala em grandes personalidades brasileiras, há um desafio a ser vencido: o de procurar, escondidas nas redes da cultura machista, nomes de mulheres que tiveram atuações significativas em suas áreas de atuação ou mudaram paradigmas. De certa forma, a literatura e o cinema biográficos podem ajudar nesse trabalho arqueológico ao mostrar ao público algumas dessas mulheres e suas obras que merecem ser lembradas e ovacionadas. No filme “Nise — O Coração da Loucura”, lançado em 2015 e dirigido por Roberto Berliner, está retratada de forma competente parte da trajetória da psiquiatra alagoana Nise da Silveira em seu papel revolucionário no tratamento de pacientes esquizofrênicos. O filme foi resultado de muitas pesquisas e baseado no livro “Nise — Arqueóloga dos Mares” (E + A, 400 páginas), de Bernardo Carneiro Horta.