Manguezais do Rio resistem: sem perdas de vegetação desde 2011, eles estão até maiores em alguns locais
A recuperação do manguezal de Gramacho, no entorno do aterro sanitário: desde 1997, área cresceu 130 hectares Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
Lucas Altino
Em meio ao desmatamento no país, um ecossistema resistiu nos últimos anos no Rio: os manguezais. Conforme levantamento da fundação SOS Mata Atlântica, desde 2011 não há perdas no estado dessa vegetação, que ajuda a revitalizar o ambiente, servindo como abrigo de espécies, filtragem de poluentes e sequestro de carbono, ou seja, retirada de gás carbônico da atmosfera para transformá-lo em oxigênio. No próximo dia 26, dia mundial de proteção aos manguezais, o biólogo Mario Moscatelli apresentará ao governo sua proposta de plantar área equivalente a 75 campos de futebol na Baía de Guanabara, num trecho em Duque de Caxias. Outra iniciativa importante é o estudo do Núcleo de Estudos em Manguezais (Nema) da Uerj, que está levantando a quantidade de carbono estocado no Rio: a estimativa é de até 500 toneladas por hectare nos manguezais.