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Rouba, mas não faz
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Remonta à época em que Ademar de Barros estava à frente de São Paulo o surgimento da expressão “rouba, mas faz”. Mais de meio século se passou e coube justo a uma patota eleita com o discurso da nova política reformar o dito. Sob os cuidados da administração Bolsonaro, enquanto espreitamos a marca de seiscentas mil vidas perdidas, somos apresentados ao “rouba, mas não faz”.
O governo brasileiro aceitou bovinamente entubar um prejuízo de R$ 538 milhões quando pagou U$15 por dose do imunizante indiano Covaxin, sendo que no início das negociações o preço estipulado era de U$10 por unidade. Ainda pior: em novembro do ano passado, o fabricante da vacina, laboratório Bharat Biotech, não só informou o preço de dez dólares como acenou com um desconto no valor final, a depender do tamanho da encomenda.

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