Há uma semana, a diretora da Informa D&B, Teresa Menezes, dizia-nos em entrevista que ″dez a 15% das empresas não vão resistir″; que uma onda de falências e encerramentos pode tardar, mas será inevitável e que o nascimento de empresas é ″muito desanimador″. Não demorou muito para que esta realidade se começasse a revelar: na terça-feira rebentou a falência da Dielmar, uma empresa de vestuário de Alcains, Castelo Branco, que empregava cerca de 300 pessoas e era uma das grandes criadoras de emprego na região do interior. Ao mesmo tempo, o ministro da Economia, Siza Vieira, admitia que o Estado já tinha feito o possível pela empresa, com uma ajuda na ordem dos 8 a 10 milhões de euros, e que não valia a pena ″pôr dinheiro fresco em cima de uma empresa que não tem salvação, mas que provavelmente é a ponta do iceberg das falências que podem estar em risco de acontecer.