A crise pandémica teve impacto setorial muito diferenciado. As atividades ligadas ao turismo foram das mais afetadas. Nos últimos anos, o seu desenvolvimento havia sido responsável por um aumento nas exportações (as vendas a estrangeiros, mesmo que ocorram no país, são assim classificadas) que muito ajudou nas contas nacionais e no crescimento económico. Atividades intensivas em trabalho deram emprego a muita gente, parte da qual imigrante. O boom refletiu-se nos resultados, com o Banco de Portugal a colocar o setor da hotelaria e restauração no topo da rentabilidade. A euforia nem sempre foi boa conselheira, como se viu aquando da contestação de alguns ″empresários″ da restauração, vários dos quais associados a aplicações ostentatórias dos ganhos.