Sem ele?
Vicente Serejo
Créditos: Divulgação
A tradição - chamemos assim, por diplomacia de linguagem, aos nossos conservadores - sabe que não tem um candidato, de fato, para devolver às suas mãos o poder que perdeu nas últimas eleições para o governo. E sabe que por sorte não ficou pendurada no pincel porque as urnas sagraram em Álvaro Dias a vocação que ele sempre teve, de liderar. E, desta vez, foi além do previsível: conquistou o eleitorado natalense, logo o mais liberto para escolher seus líderes.
Quem conhece Álvaro Dias, o da Assembleia Legislativa, e o julga com isenção, sabe o corte do seu perfil pessoal e político: preserva os afetos e não teme desafetos, se estes se tornam inevitáveis. E tem entre suas qualidades, se os defeitos são intrínsecos da condição humana, dois atributos, inegáveis e incomuns nos políticos: o senso estratégico da decisão certa na hora exata e o destemor de assumi-la, guardados pelo silêncio impenetrável no mo