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Um homem feito de bom humor
Publicação: 2021-07-18 00:00:00
Diogenes da Cunha Lima [ Escritor, advogado e presidente da ANL ]
Vida e obra de Veríssimo de Melo tem sido celebrada no centenário do seu nascimento. Sempre admirável, exerceu eficientemente as funções como professor, antropólogo, jornalista, poeta, cultor de música.
Foi o aluno dileto e parceiro continuador da obra de Luís da Câmara Cascudo. O acadêmico Ivan Lyra lembra que o bom humor, geralmente, é atributo de gordos. Veríssimo era um magro alegre. O Mestre de Natal dizia que ele era tão magro e ágil que, em uma chuva, passava entre um pingo e outro sem se molhar. Cascudo dizia também que ele podia se esconder atrás de um i.
Aluízio e Tonheca
Publicação: 2021-07-18 00:00:00
Acaba de sair o número 67 da Revista da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, correspondente ao segundo trimestre (abril-maio-junho). Tenho dito aqui e repito: das melhores publicações culturais desta aldeia cascudiana. Manoel Onofre Jr. é o diretor e Thiago Gonzaga, editor. Em suas 198 páginas estão reunidos artigos, ensaios, contos, crônicas, poemas e discursos. De acadêmicos e não acadêmicos. Boa leitura, sim senhor: temas para todos os gostos. Um deles a homenagem que se faz a Tonheca Dantas na passagem dos 150 anos do seu nascimento (13/06/1871). Tem chamada na capa e um artigo do acadêmico Carlos Roberto de Miranda Gomes, ocupante da cadeira 33 da ANRL, cujo patrono é o grande músico e compositor seridoense.
Dos perigos dessa vida
Vicente Serejo
Créditos: Divulgação
Qualquer um, de alguma maneira, leu ou ouviu a lição de Guimarães Rosa de que viver é muito perigoso. Só depois e, quem sabe, de percorrer muitas veredas, veio Vinícius de Morais e advertiu nos versos de uma canção: são demais os perigos desta vida. Verdade que o poetinha se referia a quem tem paixão, o que é perigosíssimo. E foi além na sua advertência ao avisar que a paixão seria ainda muito mais perigosa quando a lua vem e se deixa ficar no céu como esquecida.
Plaquete versus livro
woden madruga
woden@tribunadonorte.com.br
Sexta que passou, 9, foi o centenário do nascimento de Veríssimo de Melo, lua cheia da cultura potiguar. As celebrações vão ocorrendo e deverão se estender até o final do ano pois, na verdade, estamos no “ano do seu centenário”. A caminhada vai adiante e ele merece. Quem sabe a reedição de alguns de seus livros? Livros e plaquetes. Publicou mais de 60 trabalhos entre os anos de 1943 e 1994, portanto, mais de um livro (ou plaquete) por ano. Isso sem falar na sua vasta, oceânica epistolografia. Escrever cartas era um exercício quase diário. Tenho em minhas gavetas mais de uma centena delas: cartas, bilhetes, cartões.