Com os trabalhistas britânicos remetidos ao mais pequeno grupo parlamentar desde 1935, o Partido Socialista francês também em mínimos históricos e o Partido Democrata a ser apenas a terceira força em Itália, o triunfo do SPD nas legislativas alemãs de domingo significa a possibilidade de voltar a haver um governo de um dos quatro grandes países da Europa Ocidental chefiado por alguém do campo social-democrata. Para isso será necessário que Olaf Scholz transforme os magros 25,7% da sua vitória nas urnas (mesmo assim uma subida de 5,2 pontos percentuais em relação a 2017) nos alicerces de uma coligação que o leve a chanceler, substituindo a democrata-cristã Angela Merkel, de quem era até agora ministro das Finanças, no quadro de uma aliança governamental que durava há oito anos.
O jornalismo fake em France, de Bruno Dumont, controverso filme em estreia depois de uma passagem pela competição em Cannes. Léa Seydoux esplendorosa, uma atriz que não é mesmo apenas uma Bond Girl.
Luís de Sousa, politólogo e um dos principais especialistas académicos nacionais em políticas de controlo da corrupção, alerta que a posição relativa de Portugal no contexto internacional está a piorar, com o país a ser ultrapassado por novos países da UE como os bálticos ou a Eslovénia. E isso, avisa, tem "custos reputacionais" não negligenciáveis.