RIO — Apesar de nunca ter sido policial, Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da maior milícia do Rio morto durante operação da Polícia Civil no último dia 12, tinha uma farda da PM. A vestimenta — que ostentava a patente de capitão na manga e a inscrição Braga, com o tipo sanguíneo A+ no peito — foi apreendida por policiais civis num armário da casa onde o miliciano foi encontrado, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, Ecko usava a farda para se locomover sem ser reconhecido. O “capitão Braga” tinha uma tropa sob seu comando: um levantamento feito pelo GLOBO em processos judiciais, inquéritos policiais e boletins internos da Polícia Militar identificou 80 agentes egressos de forças de segurança acusados ou investigados por integrarem ou se associarem à milícia de Ecko.