Jornal Opção
domingo 18 julho 2021 0:01
O presidente quer um partido político para chamar de seu, mas até os nanicos começam a rejeitá-lo. O realismo do PP pode ser a sua “salvação”
O Centrão é o Maquiavel da política brasileira. No sentido de ser realista, aquele realismo mais cruel — o chocante. Porque não há amores e paixões. Só interesses — e os imediatos. Porque seus representantes jogam e vivem no presente — não têm nenhum interesse pelo passado e escasso interesse pelo futuro.
Os políticos do Centrão querem poder e dinheiro — não necessariamente nesta ordem. Raposas felpudas e bolsudas, seus representares pertencem a vários partidos — e não apenas ao Progressistas de Ciro Nogueira, senador, e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. A rigor, para os centristas, só há um partido — o PG. Quer dizer, o Partido do Governo. Mas eles não aceitam papéis secundários no palco da política e da gestão patropi. São e sempre serão protagonistas.